quinta-feira, 10 de julho de 2008

Senado aprova criação de 97 novos cargos "Sem" Concurso público


Os cargos, que serão preenchidos "sem" a necessidade de realização de concurso público, pagarão um salário de R$ 9.979,00

Senado aprova criação de 97 novos cargos sem concurso público


Na quarta-feira (9/7/2008), a Comissão Diretora do Senado criou 97 novos cargos, um para cada gabinete de senador. Os cargos, que serão preenchidos sem a necessidade de realização de concurso público, pagarão um salário de R$ 9.979, o que representará um gasto de mais de R$ 11,5 milhões por ano aos cofres da casa. A medida deve vigorar a partir de 1º de agosto.Apesar do preenchimento dos 97 cargos gerar a despesa de quase R$ 1 milhão a mais por mês, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), disse que "o problema não é financeiro, é político, de natureza estrutural. O Senado, na verdade, não está precisando criar mais cargos. Há outras prioridades".Garibaldi foi o único dentre os integrantes da comissão a votar contra a medida. Em pronunciamento na manhã da quinta-feira (10/7), o senador afirmou que a decisão foi tomada pela comissão e que seus integrantes votaram de acordo com suas consciências."Fiz uma advertência de que isso não deveria ser colocado em votação. Votei terminantemente contra, porque creio que o momento não é apropriado para nenhuma criação de cargo e nem aumento de qualquer natureza", afirmou.Para o diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, a prática não seria novidade. Segundo ele, toda vez que a Câmara dos Deputados aumenta a verba de gabinete -com fez em abril passado-, o Senado cria um cargo correspondente a esse aumento de despesa.Quinta-feira, 10 de julho de 2008
Senado desiste de criar 97 cargos sem concurso público

Mesa Diretora decide arquivar medida tomada na semana passada
Da Redação com Agências - 15/07/2008, 13:28 (atualizado em 15/07/2008 14:30)
Depois da avalanche de críticas à
criação de 97 cargosJustificar em gabinetes e lideranças sem concurso público, a Mesa Diretoria do Senado decidiu, por unanimidade, arquivar a decisão tomada na última quarta-feira (9). Cada cargo teria o salário de R$ 9.979, acrescentando aos gastos do Senado um total de R$ 12,5 milhões por ano.
Uma reunião da Comissão marcada para 14h30 desta terça-feira (15) para rediscutir o assunto foi cancelada. De acordo com a assessoria da Presidência do Senado, os integrantes da comissão voltaram atrás e avisaram o presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho, (PMDB-RN), por telefone.
Garibaldi tinha se manifestado contrário a decisão e esperava revertê-la nesta tarde. "O Senado não precisa desses cargos. Eu sou contra, mas fui voto vencido, acho que não pega bem para imagem da classe parlamentar, não vai ser bem entendido, nem assimilado"”, disse.

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